tête-à-tête, conversa franca. a Íris e ela. queria desabafar, estava triste. não ela, mas a Íris. e esta, que sempre desempenhara o papel de ver, parte dos olhos que era, agora se pôs a falar. e foi mais ou menos assim, até onde posso lembrar...
cabisbaixa, quase curvada, falou da falta de vida dentro daqueles olhos castanhos. dizia que a Pupila há tempos mantinha quase nula a luminosidade ali dentro. estava vendo o mundo apagado. pouco brilho, pouca alegria, quase nada. sentia falta do arco que levava seu nome porque, como ela, era feito de cores. nostálgica, chorava também a falta dos tempos ensolarados, da luz dourada que outrora aquecera seus dias. falante, sentiu-se no divã. abriu seu coração, pediu: - um pouco, um pouco só de emoção.
e sua interlocutora, que sempre fora tão cética com essas coisas de visão, mostrou-se receptiva e encarou o desabafo da Íris como uma confirmação: os olhos sempre revelam verdades, queira a gente ou não.
cabisbaixa, quase curvada, falou da falta de vida dentro daqueles olhos castanhos. dizia que a Pupila há tempos mantinha quase nula a luminosidade ali dentro. estava vendo o mundo apagado. pouco brilho, pouca alegria, quase nada. sentia falta do arco que levava seu nome porque, como ela, era feito de cores. nostálgica, chorava também a falta dos tempos ensolarados, da luz dourada que outrora aquecera seus dias. falante, sentiu-se no divã. abriu seu coração, pediu: - um pouco, um pouco só de emoção.
e sua interlocutora, que sempre fora tão cética com essas coisas de visão, mostrou-se receptiva e encarou o desabafo da Íris como uma confirmação: os olhos sempre revelam verdades, queira a gente ou não.