27.12.10

Perplexidade


não pronunciei uma única palavra, apenas me olhei. de cima a baixo. e senti uma tristeza gigante, daquelas que fazem as pernas fraquejarem. quis chorar, mas achei que nem das lágrimas era digna. então, fechei os olhos e virei as costas. porque tem dias que olhar para a realidade dói. porque tem dias que fugir de nós mesmos é um ato de coragem.

21.12.10

Partidas Dobradas

em  contabilidade, no  secular "Método das Partidas Dobradas", a  regra é a seguinte: não há débito sem crédito correspondente.

acredito que na vida acontece algo parecido - e nesta fase do ano, assim como nas empresas, acabamos fazendo um balanço dos últimos 300 e tantos dias.

pensamos naquilo que ganhamos e no quanto perdemos. para cada acontecimento positivo, houve algo desencorajador caminhando ao lado: dúvida, insegurança, desânimo. situações negativas à primeira vista, mas que depois de tudo contabilizado, dos débitos e  créditos lançados, concluímos que não acumulamos tantos prejuízos assim. mesmo perdendo algumas vezes, viver sempre será lucro.

mais um ano chega ao fim. fecham-se os livros, faz-se o balanço, apuram-se os resultados. logo estaremos de volta, portando páginas em branco, prontos para o desafio do novo exercício que está por vir.


1.12.10

As Pontes de Madison


um dos filmes mais sensíveis que já vi, est
á na lista dos meus favoritos e sempre que o assunto é cinema vem à minha mente.

um amor intenso com fortes indícios de que poderia dar certo, mas Francesca Johnson (personagem de Meryl Streep) teve medo de arriscar. preferiu o infortúnio de uma vida infeliz ao lado de um homem que há muito não amava mais. ficou com ele até o fim, mas passou o resto da vida pensando e escrevendo um diário sobre o outro. morreu triste, obviamente.

vá entender... 

foi assim. e eu chorei.






título original: The Bridges Of Madison County
direção: Clint Eastwood
gênero: Drama
com: Clint Eastwood & Meryl Streep
USA - 1995





"nunca deixei de pensar nele, nem por um momento. a
inda quando não se achava em minha mente consciente, o sentia em alguma parte, estava sempre ali."

"vem comigo! esta certeza a gente só tem uma vez na vida."

"algumas pessoas passam a vida toda e não sentem o que nós sentimos, outras nem sabem que isso existe."

"quando penso em por que fotografo, a única razão que me vem à mente é que passei minha vida tentando chegar aqui. tenho a impressão de que tudo o que fiz até hoje foi para chegar até você."

23.11.10

tudo bem in the rain?

segunda-feira, dia de 'bode'. gosto amargo da música mal digerida do Fantástico e a carga de uma jornada semanal a ser enfrentada. com chuva ainda?! ah, ninguém merece. certo? ERRADO!

ontem foi uma segunda especial, atípica. foram mais de três horas de trânsito do Centro até o Morumbi (percurso que se faz, normalmente, em 50 minutos num final de tarde); uma saga louca para estacionar: deixe o carro na rua por R$ 50.00, ou, se preferir, pague R$ 100.00 por uma vaga num estacionamento abarrotado; e para a situação ficar melhor ainda, uma multidão de 64 mil pessoas disputando um lugar ao sol, ou melhor, à chuva. mas tudo isso ficou em segundo plano, quando Paul entrou no palco e arrebentou em simpatia e talento. foram 36 (trinta e seis!) canções - dentre elas, os super hits: All My Loving, Let It Be, My Love, Hey Jude, Yesterday - em  três horas de um espetáculo que fechou a turnê 'Up and Coming' na América Latina.



"tudo bem na chuva? chove, chuva."


tudo bem na chuva, Paul. tudo ótimo!

e, conforme combinado, até a próxima.

29.10.10

Sob o Sol da Capital

caminhamos  sob  um  sol escaldante. 30 graus.  Avenida  São Luis - Consolação - Martins Fontes - Avanhandava. hora do almoço. camisa, calça, casaco, sapatos. muita roupa. desconforto. o calor castiga, tortura. por todos os lados, paulistanos sob o mesmo peso. penso no quanto somos escravos dessa desvairada vida urbana. olho para os meus pés e imagino-os dentro dos sapatos - sufocados, agonizantes. volto para ele e proponho: pense numa praia, pés descalços à beira mar. um sorvete de fruta - limão, uva ou maracujá? brisa fresca acariciando o rosto, movendo os cabelos. corpo solto, exposto, livre. uma gota do picolé sobre o pé esquerdo... e outra. - caio na real e sinto mais calor ainda. esse sol na cabeça está me deixando maluca! sorrio largo. rio. rimos. mar. oceano. mãos dadas sob o sol do litoral da capital.

28.10.10

Et Je Crie [ma douleur éphémère]

às vezes, sinto-me tão cansada. sobrecarregada.
                                   comprimida.  soterrada

calo-mereflito.


                e   "porque há o direito ao grito,
                             então eu GRITO."

|Clarice Lispector|

24.10.10

Sarau

o domingo que seria apenas mais um domingo, fez-se diferente. saí para uma caminhada no parque e acabei num sarau na biblioteca (!).

os caras abaixo são do Grupo Voz e mandam muito bem. entre as canções que apresentaram estava "Imagine" em homenagem a Lennon, que teria completado 70 anos no último dia 9.


Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today

[Imagine - John Lennon]


                                                                                                                        palmas! eles merecem!

 

aqui você ouve esta e outras: http://grupovoz.com.br/?page_id=79

15.10.10

E a Vida?

VIDA assemelha-se à cerejeira:
ela sempre volta a florir, linda e mágica, apesar das intempéries.


"quero fazer contigo o que a primavera faz com as cerejeiras."
|Pablo Neruda|

1.10.10

Para Outubro Entrar Sorrindo

e abrir caminho para que, sorrindo, chegue também novembro.
e que novembro seja tão bom que dezembro não tenha alternativa: superação.
e que seja assim, sucessivamente, como num processo de evolução.
e que nada [nem ninguém] impeça que os dias daqui para frente,
sejam dias melhores pra sempre - como naquela canção.
para a cabeça: tranquilidade
para os ouvidos: pássaros
para o nariz: frescor do banho 
para os olhos: céu
para a boca: doçura
para os cabelos: brisa
para o pescoço: nariz
para o peito: amor
para as mãos: o calor de outras mãos
para a barriga: borboletas
para o quadril: música
para as pernas: movimento
para os pés: nuvens
- et vous?

27.9.10

Uma História de Amor

sempre quis tocar piano. imaginava uma sala ampla, iluminada por uma janela muito limpa e reluzente, e ali, disposto majestosamente, um piano de cauda Steinway.

muitas vezes, nessa sala imaginária, à luz do luar, eu tocava com os olhos fechados (porque, em sonho, eu dominava as teclas de marfim e ébano, além dos pedais do piano preto. de cauda. Steinway, claro!), as composições de Beethoven, Mozart, Chopin, Bach, Schumann. 

um sonho! um doce delírio! mas eu acreditava piamente: um dia, tudo isso será realidade.

bem que tentei. comecei a estudá-lo aos 12 anos. estava na 6ª série. uma menina magrela, com dedos longos e finos. mãos de pianista, como diziam.

foi uma loucura, uma verdadeira saga, encontrar o tal do "The Leila Fletcher Piano Course - Book 1". lembro-me nitidamente: tinha a capa laranja e seu conteúdo era composto por canções infantis americanas. encapei-o com Contact transparente e uma colega chinesa, que estudava comigo, desenhou uma menina-mangá na contracapa. seus grandes olhos pareciam brilhar e o vestido era cheio de babados. o desenho tinha vida(!) e estava estampado no meu primeiro (tempos depois constatado: e último) livro de piano.

entusiasmadíssima, não faltava às duas aulas semanais. era uma alegria e tanto quando conseguia tocar alguma coisa. a euforia durou quase um ano. meu professor, querido maestro Dino Nolasco, foi embora de São Paulo e eu parei de estudar piano. o tempo foi passando e eu dizia: "vou voltar", mas nunca voltei.

continuo amando pianos, pianistas e afins, mas, hoje, tenho outra certeza (bem diferente daquela que eu tinha aos 12 anos): nunca vou tocar como sonhei um dia - olhos fechados, as 88 teclas e 3 pedais sob meu completo domínio.

foi um sonho. um doce delírio.

24.9.10

Não Olhes

então, está combinado:

você fica aí dentro e eu sigo por aí afora.

se vou chorar? não, não vou.

prometo - desta vez agirei com serenidade.


"Não olhes: é a noite
completa que tomba.
Não olhes: é a estrada
que, súbito, acaba.
Não olhes: é o anjo,
teu anjo que chora.
Não olhes."
|Emílio Moura|

22.9.10

A Filha do Coveiro

estou lendo, ainda no começo (96 páginas de 599), "A Filha do Coveiro", mas já quero deixar registrado que é uma obra incrível. há trechos que me fazem rir, outros, refletir profundamente. há aqueles que gosto tanto que leio mais duas ou três vezes para sentir seu efeito de forma mais intensa. enfim, estou amando.

trata-se de um romance épico, que conta a saga de uma mulher em busca da redenção.
nascida na década de 30, em uma família que foge da alemanha nazista de Hitler, rumo aos "U-Esse", Rebecca é uma mulher que carrega cicatrizes de uma vida permeada por muita humilhação, discriminação e maus tratos, inclusive familiar. cresce ao lado de seus dois irmãos mais velhos e da mãe - uma mulher "não muito boa das ideias" -, num chalé dentro do cemitério de Milburn, NY, onde seu pai é o coveiro.
embora seja uma obra de ficção, o livro é baseado na história da avó da autora (Joyce Carol Oates), para quem ela dedica o livro: "para minha avó, Blan­che Mor­gen­stern, a 'filha do coveiro' - IN MEMORIAN".  

|Joyce Ca­rol Oa­tes|

"os ratos também tinham devorado seu sexo. onde um dia haviam ficado seus órgãos genitais existia agora algo inútil, um fruto apodrecido. patético, cômico. por essa maçaneta de carne ele conseguia urinar, às vezes com dificuldade. ah, já era o bastante!"
 

"no navio, a gente tinha que comer o que nos davam. comida estragada, com caruncho e barata. a gente tirava eles, pisava em cima e continuava comendo, porque a fome era grande. ou isso, ou a gente morria de fome."

"- a humanidade tem medo da morte, sabe? por isso, faz piadas sobre ela. eles vêem em mim um servo da morte. em você, a filha desse servo. mas eles não nos conhecem, Rebecca. nem a você, nem a mim. esconda deles a sua fraqueza, e um dia nós nos vingaremos. dos inimigos que zombam de nós."

14.9.10

Somatização

e o corpo expõe aquilo que a alma tem vergonha de deixar transparecer.
e o corpo desfaz a falsa fortaleza que a alma mantém como aparência.
e o corpo sofre aquilo que a alma não aguenta mais carregar.
porque o corpo é espelho de tudo o que está por dentro.
e o corpo grita o que a alma insiste em calar.



12.9.10

E o Coração Nunca Mais Foi o Mesmo



e o coração nunca mais foi o ...
e o coração nunca mais foi ...
e o coração nunca mais ...
e o coração nunca ...
e o coração ...
e o ...
e ...
:
.
e o coração?
nunca, nunca mais foi o mesmo.

8.9.10

Não Vale a Pena

quantas vezes, por medo de uma dor futura,

                 acabamos sofrendo mais e por mais tempo.    

sofremos antes, aquilo que talvez nem sofreríamos (tanto) lá na frente.


  sofrimento antecipado = dor multiplicada = vida desperdiçada.  

        MENOS paz, menos sorrisos, MENOS liberdade, menos saúde.                                           

vale a pena?  é certo que NÃO.

3.9.10

Recordações e Nada Mais

sempre tive uma visão romântica da vida. desde muito pequena, gostava de  brincar de casinha. os personagens tinham nome e sobrenome, e eu vivia aquela fantasia como se fosse verdade. perdia a noção do tempo entre panelinhas, bonecas e suas roupas. e acreditem: até os 13 anos eu ainda brincava.

mas eu não era só romance. também fui arteira e dei trabalho pra caramba - subia em árvores, gostava de andar sem blusa e falar que era menino (tinha adoração por eles!), descia minha rua num carrinho de rolimã e até hoje carrego algumas cicatrizes por causa de um tombo que tomei da engenhoca. apanhei algumas vezes e ficava de castigo quase sempre.

beijei na boca pela primeira vez aos 7 anos (sim, também acho muito precoce), mas a única coisa que senti, recordo bem, foi o gosto da saliva do garoto. fiquei com tanto nojo e raiva do pobrezinho que por vários dias evitei ir à rua - não queria vê-lo nem pintado de ouro.

cantava e dançava em frente ao espelho. nessas horas de artista, sempre tinha um lenço amarrado na cintura ou na cabeça e, claro, um batom vermelho nos lábios.

adorava o Sítio do Pica Pau Amarelo, mas morria de medo da Cuca e do Minotauro. assistia As Panteras, Poderosa Isis e O Elo Perdido, sem contar os muitos desenhos animados, como: Os Flintstones, Speed Racer e A Corrida Maluca.

aí veio a adolescência e com ela muita coisa mudou. ouvia, cantava e dançava a sofrível música do Menudo. é, eu não me reprimia! tempos depois, foi a vez do RPM. comprava os LPs, colecionava figurinhas, posteres, revistas e até jornais que tivessem mesmo que uma pequena nota a respeito dos meus ídolos.

meus tênis tinham que ser Nike e eu adorava a Benetton. não aceitava de jeito nenhum usar o que não fosse 'de marca'.

e tem mais! até a 8ª série eu era ótima em matemática, depois desandei. entre mim e ela, nunca mais houve harmonia.

há tempos essa fase passou e, embora nem tudo tenha sido perfeito em minha infância e adolescência, sinto muita saudade desse tempo mágico de inocência e descobertas.

2.9.10

Une Chanson

ao fundo uma música. fecho os olhos e imagino-me dançando.
a melodia me embala e eu, solta em seus braços, deixo-me levar.
e vou. vou para distante da realidade. vou para dentro daquela canção.

a letra é envolvente e fala de uma alegria sem fim.
eu quero ficar aqui, ou melhor, ali.
por favor, música, não pare! não faça isso comigo!

por garantia, acho melhor acionar o repeat.







une chanson
pour t'ouvrir mon cœur
je voulais cette chanson

12.8.10

Peguei-me Pensando

estou  aqui  numa sala  fria, cercada  por pessoas  estranhas, cada  qual  voltada  para  seu mundo. fisionomias trancadas, seres isolados em meio aos semelhantes. este cenário entristece.

perco-me em pensamentos e alço vôo para um lugar tranquilo, onde posso ouvir os pássaros ao amanhecer. fecho os olhos e permito-me acreditar que é para mim que eles cantam, especialmente para mim.

saio da cama sem a interferência de um relógio. aquele que, diariamente, faz questão de me lembrar que está na hora de encarar o trânsito louco da metrópole onde vivo, inalar seu ar pesado e enfrentar o mau humor de pessoas que mal acordaram, mas já estão cansadas. 

sento-me à mesa estrategicamente instalada sob uma janela que, embora não muito grande, tem tamanho suficiente para mostrar a vida lá fora. ah! essa visão enche-me de uma alegria pueril. como a vida pode ser leve!

caminho por uma estrada de terra, cercada por flores e muito verde. sinto o calor dos raios solares que me aquecem o corpo, mas principalmente o coração.

tenho o prazer de ver a magia do pôr do sol no horizonte e de sentir a brisa fresca do fim de tarde.

ouço a melodia do rio corrente e das pedras sendo levadas por suas águas cristalinas. águas que seguem seu curso, arrastando, além das pedras, os empecilhos, depositando-os nas curvas de seu leito, deixando-os para trás.

deito-me ao chegar a noite. o corpo está morto de cansaço, mas a alma está viva e radiante. numa cama com lençóis brancos e travesseiros macios, durmo com a janela aberta, depois de assistir o espetáculo de um céu carregado de estrelas que brilham naturalmente, sem  necessidade de qualquer artifício. estrelas que me fazem suspirar de contentamento e convidam-me a revelar os mais secretos sonhos, temores e prazeres.

abro os olhos (que  na verdade  nem  foram  fechados) e deparo-me  com a realidade dura, nua e crua: as pessoas continuam ali, pasmem, com seus semblantes carregados. mas tudo certo, sinto-me bem agora. pude nesses poucos minutos em que tirei os pés do chão, fazer uma grande e deliciosa viagem.

22.7.10

Fuga

às vezes eu queria ter mais coragem, ser inabalável.
virar as costas para tudo o que me faz mal.
tomar decisões fria e racionalmente.
e não sentir culpa ou pesar.


mas não consigo.

e nessas horas, gostaria de ser outra pessoa.
quem sabe ser um pássaro ou até mesmo um tatu.
um peixe. um peixe pequeno e insignificante, mas livre.
despir-me dos problemas, das incertezas, dos medos.
eu não queria pensar, raciocinar.
apenas respirar, viver. apenas ser.


ah, como eu gostaria.

20.7.10

Biblioteca Mário de Andrade


se você  mora  na  capital  paulista e  gosta de ler, mesmo que  só um  pouquinho,  é hora de conhecer ou revisitar a Biblioteca Mário de Andrade e sua seção circulante que reabre amanhã, 21/07, após longo período de reforma (desde o final de 2008).

o acervo da circulante conta com mais de 2.500 volumes, está totalmente informatizado e pode  ser acessado pelos terminais de consulta distribuídos pelas salas da biblioteca e também pelo site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa.

circulante: Avenida São Luís, 235 – Centro - São Paulo
(próximo às estações Anhangabaú e República do Metrô).

empréstimos: dois títulos por usuário, pelo período de 14 dias,
com possibilidade de renovação pelo mesmo período.

horário: segunda à sexta, das 08h30min às 20h30min.
sábado, das 10h00min às 17h00min.

não vejo a hora!

15.7.10

Carência


por favor, ponha-me no colo e conta-me uma história com princesa.
acaricie meus cabelos, beija-me com delicadeza.
seque minhas lágrimas e aqueça-me.
ponha-me no berço, mas não saia sem que eu adormeça.
apague a luz, não esqueça. não gosto dela acesa.

8.7.10

Você Me Vira a Cabeça

tento te convencer. você diz 'esqueça'.
digo não, jamais. Você diz 'então, vença'.

tropeço em minha fraqueza.
você se alicerça em tua certeza.

caio em teus braços. você me fecha em seu abraço.
eu me rendo, abro o peito. fecho os olhos, enlaço-te.

você sussurra: tu me tournes la tête.
eu repito: tu me tournes la tête aussi.

tu me fais tourner la tête
(você me faz girar a cabeça)

je suis toujours à la fête
(estou sempre em festa)

quand tu me tiens dans tes bras
(quando você me tem em teus braços)

|Edith Piaf|


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almoço: très bon!
"Le Petit Nicolas": c'est formidable!
tarde completa: c'est jeudi, 8/7/10.

2.7.10

O Que é Felicidade?

"um dia de sol me deixa feliz e quando minha mãe me dá um monte de beijos, porque beijo é bom. mas o que eu mais gosto é de comer um prato de macarrão."
|Pedro Brandão Carreiro, 9 anos|

"se eu quero muito ir no zoológico na sexta e meus pais me levam no sábado, fico muito feliz. também sinto felicidade quando dou risada e quando como batata frita e queijo quente. eu amo! e também milk-shake que a mamãe faz, porque ela usa o liquidificador."
|Giulia de Almeida Valadares, 5 anos|

felicidade é quando tomo sorvete de limão e creme. eu adoro sorvete! e também brincar com os amigos da escola no parque. e também dormir. e gosto de sexta-feira, porque eu lancho na cantina da escola: como minipizza de queijo. e também porque depois da sexta-feira vem o sábado e o domingo, e não preciso ir à escola."
|Pedro Monteiro, 6 anos|

“felicidade é quando minha mãe me faz uma surpresa. por exemplo, todo dia vou para casa com a perua da escola, mas tem dias em que saio pelo portão e vejo que minha mãe está lá, que ela veio me buscar. fico muito feliz! sinto uma alegria bem grande!”
|Lucas Pimentel Tabosa do Egito, 6 anos|

“fico feliz com cinco coisas: amor, brincar, abraço, saúde e estudar em escola boa. e eu tenho tudo isso. quem me dá amor é meu pai, minha mãe e meu irmão de 2 anos. e esse amor é felicidade. fou tão feliz que isso é muito mais do que 1 trilhão e 600 mil!”
|Beatriz Alves dos Santos, 7 anos|

ah crianças! sábias crianças! temos muito o que aprender com elas.
a felicidade está bem mais próxima de nós do que imaginamos.
des-com-pli-que-mo-nos! a vida é agora!


solar

"minha mãe cozinhava exatamente:
arroz, feijão-roxinho, molho de batatinhas.
mas cantava."

|Adélia Prado, in "O Coração Disparado"|

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PS: as declarações das crianças foram extraídas da revista "Bons Fluídos", da Editora Abril.